No último sábado, 3 de abril, Rio Branco do Sul completou 150 anos de sua primeira emancipação política, ocorrida em 3 de abril de 1871, data em que foi desmembrado de Curitiba.
Localizado a 28 km de Curitiba, o município nasceu como Vila de Nossa Senhora do Amparo de Votuverava, que na língua Tupi-Guarani significa “montanha brilhante” (votura, “montanha” + beraba, “brilhante”), até alcançar a autonomia política definitiva, em 10 de outubro de 1947, e tornar-se Rio Branco do Sul, em homenagem ao estadista Barão do Rio Branco e Sul, para se diferenciar de Rio Branco, capital do estado do Acre.
O município atualmente com 32.517, segundo estimativa do IBGE, teve sua origem a partir da exploração de ouro.
Na década de 1960 e 1970 assumiu a sua vocação industrial na produção de minérios, devido à existência de muitas jazidas de ferro, exploradas para a produção de equipamentos, máquinas, bombas hidráulicas, entre outros equipamentos, que promoveram o desenvolvimento industrial no estado. Mas foi a partir da exploração de calcário que o município se consolidou, principalmente na transformação de rocha calcária em calcário agrícola, cimento, brita e a cal, utilizada na construção civil na indústria siderúrgica e de produção de argamassas.
As marcas do início progresso industrial em Rio Branco do Sul se identifica logo na entrada da cidade com a ponte de ferro. Inaugurada em 1909, foi feita para fazer a ligação entre Rio Branco e Curitiba e promover o desenvolvimento comercial e econômico do território paranaense.
Com um ramal para a cidade de Cerro Azul, a ideia seria fazer o prolongamento até a cidade de Jaguariaíva ou outro ponto de entroncamento com acesso para a Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grande. Contudo, mesmo com os privilégios concedidos pela Lei Estadual nº75 que autorizava o Poder Executivo a contratar por meio de concorrência pública a construção, não houve interesse na continuidade do empreendimento.
A inauguração da ponte de ferro de Rio Branco do Sul foi um evento histórico, que ganhou manchete no jornal “A República”, de Curitiba, um dia após a inauguração da nova estrada de ferro Curitiba – Rio Branco, em 01 de março de 1909, sendo o fato considerado como aquele que “ficará assinalado na história do progresso paranaense”.
A primeira viagem pela estrada de ferro, com saída de Curitiba até Rio Branco (na época identificada como Rocinha) teve duração de 2 horas e contou com a presença do então governador do Paraná, Francisco Xavier da Silva, a imprensa local e internacional, banda musical e grande número de convidados. “Foi um verdadeiro delírio”, tendo inclusive queima de fogos na chegada.
Apesar dos avanços com a construção da ferrovia o advento da 1ª Guerra Mundial e as dificuldades econômico-financeiras do Brasil, bem como a carência de capitais estrangeiros principalmente não foi permitido o investimento da ordem de 27 mil contos de réis, sendo assim foi adiada a execução de seu prolongamento conforme estudos iniciais e não mais foi concluída conforme traçado inicial.
Mas não é apenas pelas riquezas minerais que Rio Branco do Sul se destaca pela rica biodiversidade, pelo relevo montanhoso de belas paisagens e potencial turístico de aventura, como o morro da Lorena, rios, cachoeiras, grutas inexploradas e outras bem conhecidas da população como a Gruta de Capiruzinho, Itaretama e a Gruta de Lancinha a 3 km da cidade. A Gruta de Lancinha reconhecida em 2006, como Monumento Natural, tornando a área em proteção ambiental permanente.
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